Friends: a espécie de crónica

 Ora o prometido é devido, e eu prometi e fiquei de vos dar o meu parecer em relação à sitcom, na minha opinião, a mais awesome de sempre! ( Também, a realidade é que quase não vi sitcoms até então) Mas quando comecei a pensar no que escrever em relação aquilo que, para mim, foram as situações mais marcantes da série, pensei que talvez pudesse fazer spoiler, então achei uma tarefa um pouco difícil

Friends, faz parte daquelas series que quando paramos para ver um episódio, esquecemos um pouco o que se passa à nossa volta. Cada personagem é tão diferente e ao mesmo tempo todos eles encaixam na perfeição, formando um equilíbrio perfeito. Os atores também fizeram um grande trabalho, pois, no meu caso, não consigo imaginar outro qualquer a desempenhar cada um dos papeis do núcleo principal. É que até o genérico da série encaixou de forma exímia, não imagino outro tema na introdução!

Quando comecei a ver a serie, confesso que, inicialmente estranhei. Estamos a falar de uma série que foi gravada no decorrer dos anos 90, e então parecia que tudo para mim era já um pouco obsoleto, desde a imagem ao som. Embora sempre tivesse achado os cenários bastante confortáveis, trazendo-nos de novo à memória as decorações usadas nas casas nos anos 90. A produção da serie durou dez anos e foi até 2004. À medida que a serie vai avançando no tempo, vamo-nos familiarizando e sentindo que, desde a forma como as pessoas se vestem até ao som e imagem da série, já tudo é mais contemporâneo.

    Joey, Chandler, Phoebe, Monica, Ross e Rachel, formam o núcleo principal da série. Estes seis amigos que vivem em Nova York no inicio da idade adulta, passam, cada um deles, por vários tipos de peripécias. Para ajudar a tudo isto cada um  é dono de uma personalidade que torna a cada um deles carismáticos:

Chandler, é sempre sarcástico nas suas observações, e sem jeito para engatar miúdas. Confesso que é o meu personagem favorito. Nunca nenhum dos seus amigos percebeu bem qual era a sua atividade profissional; 

Joey, é um aspirante a ator, não muito dado à inteligência. É o chamado verdadeiro engatatão! Percebi mais tarde que era com ele quem eu queria ver uma das raparigas do grupo; 

Phoebe, é a uma rapariga muito descontraída. Das raparigas, talvez seja a minha favorita inicialmente. Este personagem é uma espécie de hippie, meia destrambelhada. Mas muitas vezes era no meio de toda aquela excessiva descontração que vinham as resoluções de alguns problemas, problemas esses que os outros transformavam em bichos de sete cabeças. 

Ross, paleontólogo de profissão, divorciado, é o irmão mais velho de Mónica. Acho que é o personagem mais desanimado de todos os seis. Mas esse pessimismo dele ao encarar as situações, acaba por dar uma imensa graça ao seu personagem. 

Mónica, é a dona do apartamento onde todos os amigos passam praticamente a vida. Sonha ser chefe de cozinha e é maníaca das limpezas. É uma pessoa bastante competitiva e eu acho-a um bocadinho autoritária e por vezes irritante. Mas esses defeitos dela, acabam, também, por dar um certo carisma à sua personagem. A Mónica consegue subir uns lugares na minha lista de personagens favoritos a partir da quarta temporada, chegando a passar a Phoebe! Quando virem a serie irão perceber porquê... Na realidade, com o passar do tempo, acho que é uma tarefa francamente difícil selecionar personagens favoritos nesta série. 

E por fim temos a Rachel, a mais mimada de todos eles. É filha de médicos, e quando aparece na série, está numa fase da vida em que saiu da casa dos pais e perde a mesada que eles lhe davam, e terá de passar a desenvencilhar-se sozinha. Por conta disso, ela tem de começar a trabalhar como empregada de mesa no café que este grupo de amigos mais frequenta: central perk. Vamos poder ver várias situações caricatas desta personagem que é amante de moda e produtos de luxo, mas que agora tem um ordenado de empregada de mesa. 

É nesta serie que temos a oportunidade ver a primeira grande questiúncula da ficção, adotada mais tarde pela ficção portuguesa mas em Portugal foi em estilos mais dramáticos, do género: quem matou o António?; em friends a questão que se levanta, e que divide opiniões, é: afinal, estavam ou não estavam a dar um tempo? 

Bom é melhor parar por aqui, não me posso alongar muito mais, nem escrever algo muito fora desta espécie de sinopse, para não correr o risco de estar a debitar mais do que o que devia. Vejam a serie para poderem perceber por vocês próprios o que aqui escrevi. Ides ver que com o passar do tempo aqueles seis amigos passarão, de certa forma, a ser vossos amigos também. Acreditem nesta que vos escreve, que um dia também já foi cética no que a friends dizia respeito.