Post convidado: Memórias de europeus passados.

Mais um mês e mais uma voltinha neste meu círculo próximo de escritores quase profissionais. O convidado deste mês decidiu escrutinar o tema do qual toda a gente fala neste momento: futebol e campeonato europeu. Para mim, até agora, momento alto foi mesmo o do Ronaldo e da Coca-Cola. Quero só acrescentar que, e apesar de o meu convidado fazer uma pequena referência a essa altura, o euro 2004 foi a altura em que eu comecei a interessar-me mais por estas coisas de futebol. Deixo já aqui expressa a minha vontade de que para mim futebol era só seleções. Os verdadeiros amantes de futebol podem atacar-me à vontade. Deixo-vos agora com o meu convidado. 

 Quando falamos de futebol pensamos nestes grandes palcos como o Mundial e o Europeu de futebol.

 Neste momento estou-vos a falar do Euro 2020, que é em 2021, é verdade não faz muito sentido, mas como isto do “ Bicho” alterou os planos a todos, no futebol não foi exceção.

É verdade que já estamos com 1 semana de Europeu, e parece que nem existe Covid. Já não estávamos habituados a ver alguns estádios cheios, toda a gente sem máscaras, quase parece um mundo à parte em que o Covid já foi embora. Mas não se iludam! Isto do dinheiro fala sempre mais alto que a saúde das pessoas.

Mas como não sou perito em doenças, não me vou alongar mais nesse tema, não quer dizer que seja perito em futebol também, afinal não sou daqueles catedráticos que mostram que sabem muito de futebol.

No meu caso pessoal o gosto pelo futebol remonta ao Europeu de 96. Foi realizado em Inglaterra. Apesar de vagamente me recordar também da Dinamarca, em 92, no qual de estatuto de convidados acabaram a ser campeões Europeus.

Mas voltando ao Euro 96, a primeira memória nada tem a ver com o futebol, mas sim com a alegria sentida por me oferecerem uns lençóis do Euro 96.  Sentia-me um verdadeiro craque, só por me deitar naqueles lençóis alusivos ao campeonato Europeu de futebol. Mas acreditem que, mesmo assim, não resolvia o problema da falta de jeito na altura para a prática do futebol da minha parte.

Esse Euro foi o primeiro torneio a introduzir o formato de 16 equipas a disputar a final. Teve a participação de Portugal e da chamada geração de Ouro de Portugal. A seleção portuguesa, na altura teve o seu fim neste Europeu, com o mítico chapéu de Karel Poborsky a Vítor Baía, golo que correu mundo. Toda a gente se lembra desse momento, pelo menos quem segue futebol.  Acabou aí a participação portuguesa nos quartos de final.

Após a derrota de Portugal, segui com muita atenção a Espanha, mas também teve o mesmo fim que a seleção portuguesa, sendo eliminada nos mesmos quartos de final da competição, frente à anfitriã Inglaterra. Nesse torneio acabou por sair vencedor a Alemanha, vencendo a República Checa após prolongamento por 2-1.

Revelando aqui uma pequena coincidência, a partir deste Euro 96, Portugal haveria sempre de perder com a seleção que, pelo menos, chegava à final da competição. Menos mal... Falta saber como irá acabar o Euro 2020, em 2021. A ver se a tradição se mantém.

Desde este Europeu, excepto o Mundial de 1998, Portugal sempre se qualificou para a fase final das grandes competições, tendo boas prestações principalmente em Europeus. Quem não se lembra daquele Euro 2004, com tanta bandeira e tanta festa? Acabou  com a Grécia a vencer. É caso para dizer que eles se viram gregos, mas conseguiram.

Já o memorável ano de 2016, foi o ponto alto para Portugal! Saindo vencedor, pela primeira vez, numa grande competição. É verdade que também pela primeira vez o melhor 3° de todos os grupos se qualificava, e Portugal, entre muitos empates, prolongamentos, penáltis e com um golo do famoso avançado Português Éder. Sim, famoso só pelo golo à França na final, não sendo este golo, ninguém se lembraria quem foi ou é o Éder. Assim, num simples remate de olhos fechados, a bola entrou dando a Portugal o seu primeiro Europeu.  Um título que lhe haveria de pertencer durante cinco anos, mais um marco histórico, nunca nenhuma seleção  esteve cinco anos com o título.

Em 2021 veremos como acaba o Euro para Portugal. No decorrer da escrita desta matéria, Portugal já venceu com muito sofrimento a Hungria. Aliás como já é costume com Portugal, ou não fossemos nós o povo do fado.

Para muitas pessoas, continua a ser uma festa este tipo de competições. Esta  é diferente de todas as outras. Embora não se realize exatamente nas mesmas condições e alegria de outros europeus devido à nossa atual situação pandémica, ainda assim, a  loucura pelo futebol e a irracionalidade do ser humano leva a ter estádios cheios.