Outlander

Quando os fins de semana são já bastante invernosos, o quê que dá mais vontade de fazer? Ficar em casa, comer uma caixa de inteira de chocolates, vestir o pijama com mais borboto que tenhámos guardado lá pelas nossas gavetas e ler um livro ou ver uma boa série. 

Ora este fim de semana, pelo andar da carruagem convida para tudo isto. Ainda por cima, estamos obrigados a estar meio confinados. Este ano, se há coisa que já fiz excecionalmente mais do que todos os anos anteriores foi ler e ver séries. E quando gosto muito de uma serie, sou capaz até de rever tudo novamente. Eu em criança havia filmes da disney que via e revia vezes sem conta, e nunca me cansava. Entretanto cresci e agora faço isso com as séries ou com os filmes. 

Mas de todas as séries que já vi, aquela que já mais vezes vi e revi, foi Outlander . Se no momento do zapping passar nos canais de cinema e por acaso essa série estiver a dar, paro na mesma para ver, apesar de já ter visto aquele episodio 1357 vezes, com o mesmo encanto como se fosse a primeira vez. Chamem-me maluca à vontade...  Confesso que os primeiros episódios não me apaixonaram no imediato. Mas como tanta coisa na vida, primeiro estranha-se mas depois entranha-se.

Esta serie conta a história de uma enfermeira de guerra que, no fim da II Guerra mundial, vai passar uma nova lua de mel com o marido numa forma de se voltarem a reencontrar e conhecer novamente ao fim de seis anos separados pela guerra. O local que eles escolhem para essa mesma lua de mel são as terras altas na Escócia. Um dia Claire e Frank, nome do casal, sendo Frank um apaixonado por História, vão até Craigh na Dun, uma espécie de menires em círculo onde alguns druidas nos tempos celtas faziam os seus rituais. Mais tarde Claire, que era uma espécie de fitoterapeuta, alguém que faz "mezinhas" com o que a natureza nos dá,  volta a esse local a fim de colher umas plantas que ela havia visto da primeira vez que lá esteve com Frank. É nessa altura que ela começa a ouvir uma espécie de ruído vindo das pedras. Ela um pouco receosa aproxima-se de uma das pedras e de um momento para o outro deixa de estar no século XX. 

A aventura desta mulher começa aí. Viajando no tempo e levada para uma Escócia do século XVIII sem perceber muito bem como, ela vai ter de lutar para sobreviver. Vai encontrar um país a lutar pela sua independência perante a ocupação inglesa nos seus territórios. Nessa altura, os ingleses são muito mal vistos na Escócia, sendo ela uma jovem inglesa vai ter de lutar pela sua sobrevivência numa sociedade misógina, muito mais atrasada a nível civilizacional e culturalmente do que a sua.  Mas para sua sorte, ela vai encontrar um jovem escocês de seu nome Jamie, que a vai ajudar a ultrapassar todas estas epopeias pelas quais Claire irá passar. Será que ela consegue voltar ao seu tempo e para os braços do seu amado marido Frank? Ou será que vai ficar presa naquele tempo para sempre? 

Esta serie já tem cinco temporadas, e eu estou a aguardar ansiosamente pela sexta. 

Por vezes temos a tendência de romantizar estes tempos idos, mas esta serie mostra-nos um pouco da realidade em que aquelas pessoas estavam inseridas. E acima de tudo, como somos abençoados em viver numa era em que a medicina está mais avançada do que nunca. 

Amei ver esta serie, e revejo sempre que posso junto com alguém que a esteja a começar a ver. Acho que é obrigatório ver, ou pelo menos tentar. Para mim é uma espécie de conto de fadas para adultos. Porque esta serie tem qualquer coisa que nos encanta.