Maneirismos

Eu sou uma pessoa que, embora não pareça, acabo por ser muito observadora. Gosto de observar as pessoas, e acabo sempre por apanhar muito rapidamente os maneirismos de cada um. Até tenho um colega de trabalho que me costuma dizer, que eu era boa para entrar naqueles programas de televisão onde caricaturam algumas figuras publicas portuguesas. Ele diz algumas vezes que eu ia ser uma espécie de Joana Pais de Brito ( se não conhecem o trabalho dela, vão ver algumas coisas que ela já fez em televisão ao Youtube. De nada Joana!! Em troca só podias divulgar o meu blogue! ) 
Voltando à vaca fria... onde é que  a maioria de nós passa mais hora do seu dia? No trabalho. E eu,  no meu, acho que já  consegui apanhar os maneirismos de quase todos os meu colegas! Se eu quisesse fazer uma caricatura de cada um deles, acho que conseguia. 
Por exemplo, tenho uma colega que, quando fala com alguém ao telefone, conjuga as palavras todas no superlativo! Do género:  "certíssimo, corretíssimo, obrigadíssimo!"  Se há pessoas que usam tudo no diminutivo, como: "engraçadinho, certinho, obrigadinho", com esta minha colega é ao contrário, é tudo à grande!!!
Tenho outra colega que, em determinados momentos, à falta de vocabulário, substitui as expressões quase todas por   " não sei quê isso tudo." Parecendo que não, dá imenso jeito! Esta expressão serve para substituir muita coisa, se não reparem: quando estão a explicar algum assunto mas chegam a um determinado momento e já começam a querer acelerar a explicação, substituam tudo o que ainda vos falta dizer por "não sei quê isso tudo", vão ver que o vosso interlocutor vai entender logo tudo na perfeição. Ou então se quiserem passar por alto algum assunto, se é que me entendem, usem também o "não sei quê isso tudo" ajuda sempre a disfarçar! 
Ainda há uma outra colega que usa muitas vezes advérbios de modo. O preferido dela é o efetivamente. Sempre que falamos já sei que ela me vai mandar aquele adevérbiozinho maroto!! Com ela tudo é efetivo!!
 Temos também o rapaz do ora bem. Ele sempre que vai mudar de tarefa tem que refletir naquilo que vai fazer. Faz isso recorrendo quase sempre à expressão ora bem, passando sempre a mão pelas suas longas barbas. Talvez o facto de ele usar aquela expressão acompanhada daquele gesto, o ajude a focar e lhe alinhe as ideias a fim de ele poder continuar.  
 Cá no escritório temos também um colega que sempre que lhe pedimos ajuda em alguma questão, a nível de trabalho, ele não nos responde logo, puxando sempre assunto para aquilo que é a maior preocupação da vida dele: a política. A culpa de tudo é sempre do governo.  Não é que sejam temas que me interessem particularmente, mas, lembram-se do colega do ora bem? Pois é, eles têm ideologias políticas diferentes e acabam sempre  os dois a debater todos os temas e mais alguns com tanto afinco, que eu as vezes sinto que trabalho todos os dias na Assembleia da Republica!
Quanto a todas as outras pessoas que privam comigo, tenham cuidado! Podem achar que estou atenta às vossas conversas, e claro que também estarei, mas na minha cabeça os meus neurónios já estão inconscientemente atentos a um maneirismo vosso. Desculpem não é mesmo por mal. 
Portem-se bem e desculpem qualquer coisinha... E olhem só para o que me havia de dar!! 


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