Curiosidades sobre a história

Quer seja no trabalho ou então na escola, provavelmente já todos tivemos um colega que sacava as ideias aos outros e depois as apresentava como sendo dele. Há muito boa gente por aí que funciona assim. E os nossos antepassados já eram tão mitras quanto nós hoje.
Já ouviram falar em Sebastião José de Carvalho e Melo? Este homem ficou mais conhecido na história pelo título de Marquês de Pombal (Sim o homem que deu nome à praça onde se festejam os campeonatos de futebol). Para além da reconstrução da cidade de Lisboa após o terramoto, este homem fez também com que a escravatura fosse abolida em Portugal Continental. Mas nem tudo o que ele fez foi bom. Diz-se que ele queria ter todo o poder na sua mão; expulsou os jesuítas, para além de ter estado envolvido na polémica dos Távora onde por intriga e interesses, mandou matar toda a família em praça pública.
   Era secretário dos negócios estrangeiros no reinado de D. José I, altura em que se deu o trágico terramoto de 1755. Imediatamente o rei quis tratar da reconstrução do país, e o Marquês de Pombal mostrou-se bastante pragmático quanto a isso. Ao famoso: e agora? Sebastião José terá respondido: Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos. 
Ao que parece não foi bem ele que proferiu essa frase, eternizada como sendo dele.
Pedro Miguel d'Almeida, 1º marquês de Alorna, havia sido um militar que participou em inúmeras batalhas. Tinha sido governador de minas gerais no Brasil e vice-rei da índia. Na altura do terramoto este homem já contava com 67 anos de idade, e por esta altura as funções que ele desempenhava eram as de mordomo-mor da raínha. Terá sido ao general que D. José I terá feito a pergunta e agora? ao que o marquês de Alorna , terá dito: Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos. 
O Marquês de Pombal, rapidamente tratou da reconstrução da cidade. Em menos de um ano, já estava parcialmente reconstruída. Foi tudo isto que lhe valeu o lugar de 1º ministro do rei.
Ao que parece, esta frase foi-lhe atribuída a ele devido aos seus feitos na reconstrução da cidade, e à morte do seu verdadeiro autor, Marquês de Alorna, no ano seguinte aos 67 anos.
Pode até nem ter sido Sebastião José a plagiar a frase, sendo-lhe atribuída a ele por terceiros. O que é certo é que o Tony Carreira não é o único plagiador da nossa história, já no século XVIII se roubava as frases a uns para serem atribuídas a outros.


Fonte de informação: Livro do autor Ricardo Raimundo: Episódios da história de Portugal 

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